sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Com a Esperança Renovada p/2009



Desejo a você... (e a mim também...)

Fruto do mato; Cheiro de jardim;
Namoro no portão. Domingo de Chuva;
Segunda sem mau humor; Filme do Carlitos;
Filme antigo na TV; Ter uma pessoa especial;
E que goste de você;
Música de Tom com letra de Chico;
Frango caipira em pensão do interior;
Ouvir uma palavra amável; Ter uma surpresa agradável;
Ver a Banda passar; Noite de Lua cheia;
Rever uma velha amizade; Ter fé em Deus;
Não ter que ouvir a palavra não,
Nem nunca, nem jamais e adeus:
Rir como criança; Ouvir canto de passarinho;
Sarar de resfriado;
Escrever um poema de amor; Que nunca será rasgado;
Formar um par ideal; Tomar banho de cachoeira;
Pegar um bronzeado legal; Aprender uma nova canção;
Esperar alguém na estação;
Queijo com goiabada; Pôr-d0-Sol na roça;
Uma seresta; Recordar um antigo amor;
Ter um ombro sempre amigo; Bater palmas de alegria;
Uma tarde amena; Caçar um velho chinelo;
Sentar numa poltrona; Tocar violão para alguém;
Ouvir a chuva no telhado; Vinho branco; Bolero de Ravel;
E muito carinho meu.

Carlos Drumont de Andrade.


domingo, 28 de setembro de 2008

Humanidade é CONSCIÊNCIA de finitude

HUMANIDADE

Não os trate mal, aos velhos;
Não os engane ... eles dependem
de nós, vivem de nossos
acertos ou danos.

Sem medo, sem molecagem,
Saciem sua curiosidade, pois
só querem saber o porquê
do acordar em estranho país.

Acolha-os no quentinho do teu ninho
e se te importas, coroado, serás Rei;
seus súditos, alegres crianças.

Enfim, ouça-os qual feliz aprendiz,
cuja sorte depende do momento sublime
que os envolve e de tudo o que ele diz.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

disse o aprendiz : hoje, minha alegria é triste...



Ontem , hoje, amanhã


Só me resta chorar
quando cruel realidade, põe nocaute
uma expectativa.

Só me resta chorar quando as forças
treinadas, longas horas sozinhas,
‘stão por terra e a esperança é vazia.

Só me resta chorar, como a lamentar.
A vontade é podada, sua seiva calada,
busca novo caminho de vida !
Sentida, escondida, é só força latente
e se esconde indigente , do ser-monstro
que voa , que pousa e pode sugar,
atraído que está pelo VIÇO do Bem.

Só, me resta escrever e meu grito silente,
ganha tom de imenso-infinito;
comunica outra escala de som-sentimento,
me regressa ao princípio da Vida.




Clara Lua

S. José dos Campos, 17/09/2008.